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04/fev/2015.
Iniciam-se as gravações do documentário sobre os 100 anos do Rio Branco
São Vicente é o patrocinador oficial do ‘Tigre de Americana – uma paixão centenária’

Resgatar a memória do Rio Branco Esporte Clube é a proposta do documentário que começa a ser gravado hoje, em Americana, contendo fatos e relatos daqueles que ajudaram a construir a história centenária do clube. Serão entrevistadas figuras ilustres já conhecidas do público, como jogadores consagrados, assim como torcedores fervorosos, funcionários e colaboradores do clube. Também não faltarão as opiniões de membros da imprensa e da comunidade americanense sobre a importância do Rio Branco para a cidade.

Tigre de Americana - Uma Paixão Centenária é um projeto cultural que tem iniciativa da Fundação João Zanaga, com apoio da Rede TODODIA de Comunicação e patrocínio oficial do São Vicente Supermercados. A consultoria é do jornalista Claudio Gioria e a realização do Programa de Ação Cultural (ProAC), Secretaria da Cultura, Governo do Estado de São Paulo. As gravações acontecerão nos estúdios da Big Mídia Produções, com fotografia de Juarez Godoy e cenografia da arquiteta Regina Gouvea. A produção do documentário é da 3marias Produtora Cultural e Audiovisual.



Para a produtora da 3marias e diretora do documentário, Luciana Teixeira, nos 100 anos de trajetória do clube, desde quando ainda se chamava Arromba, o Rio Branco protagonizou grandes mudanças na sociedade do interior de São Paulo, sempre reunindo a comunidade sob o pretexto do futebol.  “A intenção é não deixar que essa história passe despercebida pela comunidade americanense, bem como deixá-la registrada para gerações futuras. O objetivo também é preservar nosso patrimônio, assim como estimular o resgate da memória entre crianças e jovens, que muitas vezes não dão importância à nossa história e mesmo ao nosso patrimônio, algumas até o destruindo, por não terem o conhecimento da importância de conservar”, comenta.

15 anos de pesquisa


O documentário tem como base o trabalho minucioso do jornalista Claudio Gioria, um apaixonado pelo Rio Branco, que há mais de 15 anos pesquisa a história do clube e decidiu tornar acessíveis esses 100 anos de história que estavam perdidos no tempo. “A história ‘oficial’ do clube era cheia de buracos e imprecisões. Alguém precisava passar isso a limpo. E a única forma de fazer isso era através de um levantamento detalhado em jornais da época, desde 1913, além de entrevistar pessoas que ajudaram a construir o clube. Com este levantamento, uma série de dúvidas são desfeitas e, enfim, um dos mais tradicionais clubes do interior de São Paulo tem sua história contada de forma séria e fundamentada”, afirma Gioria.

Segundo o pesquisador, a cidade sempre ‘viveu’ o Rio Branco. “Imagine que, em 1913, um grupo de pessoas resolveu fundar um clube de futebol em uma cidade que nem cidade era ainda... A Vila Americana pertencia ao município de Campinas à época. Não eram muitos os clubes voltados para o futebol que existiam espalhados pelo Brasil, sendo que a maioria deles estava em grandes cidades. E logo em seus primeiros anos de vida, aquele clube de vilarejo começou a ganhar força e fazer frente a qualquer clube que enfrentava pelo interior, ganhando, inclusive, o direito de enfrentar, devido às suas conquistas, o campeão paulista, Corinthians. A cidade se mobilizava a cada partida do clube”, relembra Gioria.

Falando apenas de futebol, o Rio Branco é um dos maiores celeiros de craques do futebol brasileiro. Alguns poucos exemplos (são muitos) que surgiram das categorias de base do Rio Branco: Flávio Conceição (volante de grandes clubes e da Seleção Brasileira), Mineiro (autor do gol do título mundial do São Paulo, em 2005), Marcos Senna (primeiro jogador brasileiro a ser campeão da Eurocopa, pela Espanha), Marcos Assunção (foi ídolo da torcida do Palmeiras), Macedo (um dos heróis do primeiro título do São Paulo na Copa Libertadores da América, em 1992) e Souza (camisa 10 do Corinthians e do São Paulo). “Sem o futebol do interior, milhares de grandes jogadores talvez não tivessem chegado onde chegaram. Ainda mais do interior de um Estado tão forte quanto São Paulo”, afirma Gioria.

 Fotos de Juarez Godoy.

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