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Em 22/3/2013

´Colegas´ envolve conquistas e aplausos!

Empresa de Americana apoia o filme, que também faz sucesso fora do Brasil

Estive no Tivoli Shopping, em Santa Bárbara d’Oeste, e fiquei muito feliz ao ver em cartaz o filme “Colegas”, de Marcelo Galvão, que tem como protagonistas três jovens com síndrome de Down.  Tive o privilégio de assistir à pré-estreia em julho de 2012, emPaulínia, já que o longa foi produzido pelo pólo cinematográfico do município e envolveu muitos figurantes de lá e de cidades da região, como Campinas e Americana. 

Na exibição, em Paulínia, o filme foi aplaudido de pé e tivemos a presença dos três personagens principais, do diretor, dos produtores e do ator Lima Duarte, que faz a narração do filme. Ali no palco foi relatada por Marcelo Galvão a complexidade em produzir esse filme - mais de quatro anos de trabalho e busca por apoio financeiro - e a dificuldade que ele teria, a partir daquele momento, de fazer o filme chegar ao público, pois conseguir a distribuição para as grandes redes exibidoras envolveria um investimento que a equipe não tinha. 

Acredito que o boca a boca, a divulgação feita pelas redes sociais, as apresentações realizadas em entidades ligadas ao atendimento de crianças com Down e as participações e premiações em festivais no Brasil e no exterior contribuíram para que o filme chegasse às grandes telas, felizmente.

No Brasil, “Colegas” venceu o prêmio de ‘Melhor Longa-Metragem Brasileiro’ no Festival de Gramado, em 2012, e foi eleito pelo público da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo como ‘Melhor Filme Brasileiro’, levando também o Troféu Juventude (votação do público estudante). O filme foi ainda aclamado no Festival do Rio (categoria Hors Concours) e foi o longa-metragem que abriu o Amazonas Film Festival.

No exterior, o filme também venceu o prêmio de ‘Público’ do 27º Festival del Cinema Latino-Americano di Trieste, que aconteceu na Itália; venceu o prêmio de ‘Melhor Filme’ no festival de cinema international, Disability Film Festival Breaking Down Barriers, em Moscou (Rússia); e foi exibido no Red Rock Film Festival (Utah, EUA).

Devido a tudo que foi relatado pelo diretor em Paulínia para estar ali, naquele momento, exibindo o filme, a persistência dele e da equipe, também fiz questão de ficar de pé e aplaudir! Até a campanha de crowdfunding (financiamento coletivo) do filme, foi feita através do site Catarse e não foi possível atingir nem 10% do valor que teria de ser captado.  E hoje vejo o filme sendo exibido no Brasil todo! Uma conquista!

Aplausos também para aqueles que patrocinaram e apoiaram a produção do filme, ou seja, acreditaram que valia a pena investir nessa história.  O longa-metragem venceu o prêmio de melhor roteiro do Festival de Paulínia (2008), por decisão unânime; o Edital de Fomento à Cultura do Estado de São Paulo (2008), também por decisão unânime; o Edital de Paulínia (2010) e o edital da Petrobras (2010). Contou com o patrocínio da Petrobras, Invest Image Caixa Seguros, Sabesp, Neoenergia, Pólo Cinematográfico de Paulínia, AkzoNobel, Net, KSB, Docol, Eaton, Libbs, Locaweb, CVC, Ferro + e Senac.

E para a minha alegria, entre as empresas apoiadoras, está uma de Americana, que é a Cláudia Porteiro Buffet. Quando aparece na tela, em algumas cenas, o caminhão do bufê, é uma sensação muito gostosa, um orgulho até, pois aquela empresa eu conheço, é da minha cidade! O filme fica mais saboroso, inclusive!

Cláudia Porteiro cedeu o caminhão, que foi usado em algumas cenas, em momentos cruciais do filme, e contribuiu com sua equipe, pois muitos participaram como figurantes na cena da festa, que acontece na história (e que não posso revelar qual é, já que tem gente que ainda não viu o filme).

Já li críticas sobre essa aparição explícita da marca do apoiador na história, mas vejo que quem acredita e apoia a arte tem mesmo que aparecer! Marcelo Galvão fez o certo! Ele deu espaço para aqueles que, naquele momento que ele precisou, colocaram-se à disposição para ajudá-lo a tornar a fantasia numa realidade, ou seja, realizar o filme. Não vejo críticas daquelas placas que ficam nos campos de futebol e aparecem a todo o momento, durante os 90 minutos de jogo; das várias marcas de patrocinadores nas camisas e nos calções dos jogadores de futebol. Eu quero assistir ao jogo, mas acabo vendo também muitas marcas aparecendo a todo instante. 

Aqui na 3marias temos uma frase que sempre usamos: “Quem investe em Cultura merece aplausos”. Que mais empresas possam ser aplaudidas por investir em arte! Como diz Arnaldo Antunes, “a gente não quer só comida”.

Seja você também um investidor cultural. No Brasil temos as leis de incentivo à cultura que permitem que parte dos impostos que recolhemos (IRRF, ICMS, ISS e IPTU) sejam destinados à cultura. Procure saber como fazer parte dessa arte e seja aplaudido também. 

Aplausos para a Cláudia Porteiro Buffet,  que está contribuindo para levar a arte para o Brasil todo e para fora do país também! Viva a arte!

 

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